A meta desta abordagem é tornar os alunos comunicativamente competentes. Assim, a aprendizagem lingüística é vista como um processo de comunicação no qual o simples conhecimento das formas da língua alvo, seu significado e funções, são insuficientes. É preciso ser capaz de usar a língua apropriadamente dentro de um contexto social. O falante tem de saber escolher entre diferentes estruturas a que melhor se aplica às circunstâncias da interação entre ele e o ouvinte ou, entre o escritor e leitor. Por exemplo, “o falante desenvolve várias formas sutis para mostrar desagrado, recusar, aceitar, convidar, pedir algo etc.” (Neves, 1996, p.73). Isso envolve o domínio não só de competência gramatical ou lingüística, mas também de habilidades sociolingüísticas, discursivas e estratégicas. Com o intuito de desenvolver essas habilidades, a mais marcante característica desse método é a prática de realizar atividades que envolvam comunicação real. Tal comunicação ocorre quando os sujeitos são livres para trocarem conhecimentos. Num jogo de pergunta-resposta no qual os alunos são obrigados a repetirem estruturas preestabelecidas, por exemplo, “what day is today? _ Today is Tuesday [4] _ sendo que ambos conhecem a resposta, não havendo, portanto comunicação real, mas apenas a prática mecânica de estruturas. Para usar realmente as potencialidades comunicativas, os alunos resolvem problemas, discutem idéias e posições, jogam, fazem dramatizações, etc. O uso de material autêntico como artigo de revista, jornal, trechos de programas de rádio e TV também é muito importante para que os alunos tenham acesso à língua como ela é, usada efetivamente por seus falantes. Exploram-se muito atividades de conversação em pequenos grupos, dessa forma, maximiza-se o tempo de uso da língua pelos alunos. As principais técnicas segundo Larsen-Freeman (1986) são: • Uso de material autêntico; • Texto com frases desordenadas para os alunos ordenarem; • Jogos de cartões com pistas para os alunos fazerem perguntas autênticas e obterem repostas também pessoais; • Uso de figuras em seqüência, sugerindo estórias que os alunos tentam prever; • Dramatização de cenas propostas pelos alunos ou professor.